Nesse momento, Bruna desbloqueou o celular.
Alexandre realmente já tinha enviado o endereço da casa e a senha da porta.
O homem era ainda mais atencioso do que ela imaginava.
Até mesmo sugeriu que ela voltasse a morar com os pais por um tempo.
Bruna olhou para o homem bonito à sua frente.
Pela primeira vez, sentiu que aquele casamento impulsivo talvez fosse uma boa escolha.
As duas famílias almoçaram juntas, em um clima especialmente harmonioso, só se despedindo no fim da tarde.
Ao entardecer, César e Camila prepararam juntos uma mesa farta de pratos.
Depois de muito tempo, os três estavam reunidos novamente.
César estava especialmente feliz naquela noite, bebeu bastante e ficou mais falante:
— Se for pensar, temos uma ligação interessante com a Família Viveiros. No começo, não éramos tão próximos, mas nos últimos anos, eles nos ajudaram muito, tanto de maneira discreta quanto aberta. Se não fosse pela ajuda da Família Viveiros, a nossa Família Castro não teria conseguido se manter.
Bruna ficou um pouco surpresa.
"A Família Viveiros vinha ajudando a deles durante todos esses anos?"
Três dias passaram rapidamente. Na tarde do quarto dia, Alexandre foi buscar Bruna.
Bruna se despediu dos pais com pesar.
Camila, olhando para Alexandre à distância, segurou a mão da filha e sussurrou:
— Consigo ver que o Alexandre gosta mesmo de você. Tente se dar uma chance com ele, veja como é.
Bruna baixou os olhos, olhando para Alexandre parado ao lado do carro, franzindo levemente a testa.
Ela tinha a impressão de que ele não gostava tanto assim dela...
Durante o trajeto, o carro permaneceu silencioso, nenhum dos dois falou nada.
Só quando pararam em frente ao hospital, Bruna inclinou a cabeça, intrigada.
— Você está doente?
O olhar de Alexandre repousou sobre o chapéu grande que ela usava:
— Não foi você quem se machucou? Trouxe você ao hospital para fazermos um exame, depois voltamos para casa.
Bruna ficou paralisada por um instante, sentindo o coração aquecido e, ao mesmo tempo, curiosa:
— Como você sabia que eu estava machucada na cabeça?
Nesses três dias, ela escondeu o ferimento muito bem, nem mesmo os pais perceberam.
Alexandre virou o rosto, os longos dedos tamborilando levemente no volante, o olhar sombrio pousou no rosto claro da mulher.
— Dedução.
No dia em que foi buscá-la no aeroporto, Bruna estava impecavelmente arrumada.
Da cabeça aos pés, as cores da roupa eram harmoniosas, era evidente que ela gostava de se cuidar.

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