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Um Adeus Sem Perdão (de Raquel Tavares) romance Capítulo 9

— Olívia! Você me enganou terrivelmente!

Naquela época, no autódromo, Srta. Chita competia na mesma equipe que ele.

Naquele dia, o carro dele foi sabotado por um inimigo e pegou fogo de forma inesperada. Srta. Chita, que estava prestes a cruzar a linha de chegada em primeiro lugar, abriu mão do prêmio milionário, deu meia-volta e arriscou-se para salvá-lo.

Depois de tirá-lo do carro, Srta. Chita ergueu o queixo de maneira arrogante e disse:

— Ei, salvei você, lembre-se de me retribuir!

Ele guardou essa promessa de gratidão por doze anos inteiros!

Mas quem poderia imaginar que ele agradeceu à pessoa errada!

Ao pensar nisso, Henrique empurrou friamente a chorosa Olívia e, com voz gélida, deu ordem de expulsão:

— Olívia, volte agora para a Família Batista!

Ignorando os apelos de Olívia, Henrique mandou o mordomo colocá-la para fora.

Em seguida, com expressão sombria, ele discou para o assistente, o tom frio como gelo.

— Investigue o caso do sequestro de Olívia e também aquela festa...

Aeroporto do País A.

Assim que o avião pousou, Bruna colocou um chapéu para cobrir a faixa médica em sua cabeça.

Na saída, seu pai e sua mãe, César Castro e Camila, já a aguardavam ansiosamente.

Ao lado deles estava um homem desconhecido, usando um terno cinza, de feições refinadas e imponentes.

Havia tempos que Camila não via a filha, e seu rosto amável não conseguia esconder a alegria.

— Venha, Bruna, deixe-me apresentar, este é Alexandre.

Bruna observou cuidadosamente seu noivo.

Sob a luz suave, os traços definidos e elegantes dele se destacavam.

Os lábios do homem estavam comprimidos, e um leve sorriso pairava em seu rosto, mas havia uma distância inexplicável em seu olhar.

— Olá, eu sou Bruna.

Bruna falou suavemente.

Alexandre semicerrava os olhos escuros, ele a examinou dos pés à cabeça, o olhar perscrutador repousando por instantes sobre o chapéu dela, até que finalmente respondeu:

— Alexandre, seu noivo.

Uma hora depois, o carro preto parou suavemente em frente ao cartório.

Os pais de Alexandre, Irineu Viveiros e Kesia Sampaio, já estavam esperando do lado de fora.

Assim que viu Bruna, Kesia sorriu abertamente, sem conseguir disfarçar a satisfação.

A nora escolhida por seu filho tinha uma postura elegante, pele clara e viçosa, muito mais bonita do que nas fotos, e era evidente que fora criada com muito carinho.

Quanto mais Kesia olhava, mais satisfeita ficava.

Então, ela tirou sem hesitar a pulseira de esmeralda do próprio pulso:

— Bruna, esta pulseira foi um presente da avó de Alexandre quando me casei com o pai dele. Agora, passo para você essa tradição.

Bruna percebeu imediatamente o valor da esmeralda e ficou um pouco surpresa com tanta consideração.

Bruna seguiu Alexandre até o cartório para oficializar o casamento.

Poucos minutos depois, tudo estava resolvido.

Bruna olhou para o certificado de casamento em suas mãos, distraída por alguns segundos.

Ao lado, Alexandre disse:

— Comprei uma casa na cidade como nosso lar. Acabei de te enviar o endereço e a senha do portão. A escritura está apenas em seu nome. Mas como você acabou de voltar, fique na casa dos seus pais nestes três dias.

— Quanto à cerimônia, será daqui a duas semanas. Depois conversamos sobre os detalhes.

Ao mesmo tempo, na Cidade Luz.

Escritório do Grupo Machado.

O assistente colocou um convite na mesa de Henrique:

— Diretor Machado, ainda estamos investigando o caso da Srta. Batista. Este é o convite de casamento que a Família Viveiros acabou de enviar.

Família Viveiros?

Henrique franziu a testa, raramente recebiam convites deles.

Ele pegou o convite e o abriu.

Noivo: Alexandre Viveiros.

Noiva: Bruna Castro.

Henrique olhou para o nome da noiva e sentiu o coração apertar...

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